quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Caixinha de Pandora



A sensação de abismo não quer desaparecer... permanece e o ser padece, grita por recobro, por segurança. Pede por uma espécie de cabo que suporta, aquele que restringe da mais dura queda, sei la eu! Perigoso! Queria poder sentir os olhos brilhar e o palpitar da concretização do meu mais profundo e longínquo desejo. Decidir ir, silenciosamente, quebrando as correntes que me amarram e abraçam fortemente a este último aceno que me acompanhará eternamente...
Amor! Doce, forte, sempre tão extremado... aquele que nos faz crescer e sempre sempre temer o facto de que simplemente nada é eterno. Medo, que medo eu tenho... ter de conviver com a amarga ressaca das memórias.

domingo, 8 de julho de 2012

O fruto proibído...

... pois é... sempre ouvi dizer!
Proibições, restrições, puro controle. Mas tu estás! Em tudo o que me rodeia!
Porque será que, mais uma vez, não consigo dormir? Palavras, sinais, enigmas e cores indecifráveis assomem a noite, longa na sua duvida de racionalizar... ou sentir? O desejo de ouvir o som da tua voz e poder adormecer, em paz.
Sentir, sim... é isso... sentir, sem esta dúvida fragmentada que carrego e me enlouquece.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Uma Certa Ambiguidade


Ironias à parte, o destino bate à porta de todos. Há os que acreditam, os que fingem não acreditar e aqueles que não acreditam de maneira alguma. Quem bem me conhece sabe que sou crente sonhadora no caminho que me precede, mesmo naquela gota mais amarga, na explicação que escapa ou na teoria sagaz e indestrutível da não-resposta. Aos poucos, o sol vai entrando e transformando o novo em algo simplesmente contagiante. É que, parece, amar com todas as nossas forças já não é o suficiente.
Recentemente, numa conferência, pediram-me para responder à seguinte questão: "Qual é o teu propósito de vida? Se tivesses de eleger a principal razão de viver, qual seria?" 
Por vezes aprendemos que não ter resposta é a melhor e mais libertadora resposta possível.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Palavras ao Vento

Semi cerro os olhos na desordem que me assome. Por detrás do pensamento, o instante perdido que não volta mais.
Não vês que o Sol já não brilha da mesma forma? Não quero mais nascer de um relance, de um lapso fugaz apagado de um coração qualquer, quero ser cor e paixão e continuação, quero ser Amor.
Fugir? Impermeabilizar a minha pele e o meu corpo neste escudo protector sem te pertencer para sempre?
Se ao menos eu pudesse não sentir...

quinta-feira, 19 de abril de 2012



Acordo... mais uma vez!
O peito apertado, sorriso magoado, relembro as tuas palavras e engano a saudade no sonho que te trouxe até mim. Barreiras quebradas no estrépito estalar do meu coração. É como se não soubesse mais quem sou! Assim, no silêncio das paredes brancas do meu quarto, deposito o segredo do contra-senso que me consome. Apago as luzes, fecho os olhos e sonho no sono que não vem.
Escolho uma estrela e faço um pedido... sonho-te, e acredito-te.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A Grande Dúvida


Existirá mesmo? Sempre me disseste que sim, para acreditar... eu sentia... e como sentia...
Mas o tempo foi passando... esqueci o significado de saber o que sempre touxe comigo.
Nao sei o que fazer... como eu quero... poder?
Tenho aquele gosto amargo na boca, o fel da plenitude desmesurada e encontrada no mais despreocupado perambular da vida...
... estarás lá quando encontrar? Serás tu quem me levará até lá? Há quem afirme que sim... afinal, o mesmo sangue nos corre nas veias, somos todos um, e todos acreditamos em anjos.
Amo-te...